Na quarta-feira (16) está prevista a publicação de um decreto suspendendo novas autorizações de supressão vegetal na região, até a entrada em vigor das novas regras de preservação, conforme informou o governador Eduardo Riedel (PSDB) em evento com as presenças dos deputados Gerson Claro (PP), Renato Câmara (MDB) e Lucas de Lima (PDT).
O presidente da Assembleia Legislativa, Gerson Claro, garante que o Parlamento Estadual, a partir da proposta do Executivo, vai ouvir todos os segmentos envolvidos na questão ambiental, incluindo as organizações não governamentais, instituições de pesquisas e universidades presentes na região e que também pretende ouvir moradores, os pantaneiros, que há mais de 300 anos têm sido determinantes para manter o bioma como um patrimônio ambiental com bons níveis de preservação.
"A Assembleia responderá com competência e equilíbrio a este desafio. O Pantanal é uma pauta presente no trabalho do Legislativo, especialmente da Comissão de Meio Ambiente. Não estamos sendo pautados pelas redes sociais, nem pelo noticiário", assegurou Gerson, durante o evento no Parque do Prosa, em Campo Grande.
O parlamentar garantiu que os deputados vão trabalhar para construir uma proposta a partir das contribuições de todos os segmentos."Não vamos nos render aos extremistas que não estão interessados em construir soluções que atendam a maioria. Vamos buscar construir uma legislação que atenda ao interesse público, base de um desenvolvimento sustentável", argumentou
Regras atuais
Atualmente o decreto 14.273 de 2015 permite supressão vegetal de até 60%. Em oito anos teriam sido autorizados o desmatamento de 400 mil hectares para reposição de pastagens degradadas num território que soma 8,6 milhões de hectares.
O Pantanal é o menor dos seis biomas brasileiros, ocupando uma área de 150.988 km², dos quais 64,5% ficam em Mato Grosso do Sul e 35,5% em Mato Grosso. No entanto, ainda que represente apenas 1,8% do território nacional, o bioma constitui a maior área úmida contínua do mundo.
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