Governo dá suporte financeiro para indígenas cursarem Universidade

4 FEV 2020 • POR Portal do Governo de Mato Grosso do Sul • 11h11

Quem foi assistir a colação de grau dos formandos de Pedagogia na UEMS (Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul) , no próximo dia 20, com certeza vai perceber que o Estado está desempenhando seu papel de inclusão social.

Entre os estudantes, duas indígenas venceram os desafios e vão realizar o sonho do diploma universitário. No total, doze estudantes indígenas conseguiram concluir o curso superior em 2019, em áreas como História, Ciências Sociais, Direito, Geografia e Letras. Graças ao benefício do Vale Universitário Indígena (Programa executado e monitorado pela Superintendência de Projetos Especiais (Suproes), vinculada à Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho (Sedhast), os estudantes inscritos no programa recebem uma bolsa no valor de 739,00 reais, depositado em sua conta bancária todos os meses, para custear despesas.

“Este dinheiro me possibilitou estudar com mais tranquilidade, já que não precisei trabalhar durante o curso”, conta Lea Guimarães Quirino, 41 anos, filha de pai indígena Terena da Aldeia Passarinho, em Miranda.

O que motivou a futura pedagoga a ingressar na universidade, não é muito diferente de boa parte dos indígenas: a vontade de levar o conhecimento para sua aldeia e fazer uma história diferente dos pais.

Por isto a maioria escolhe curso de licenciatura, para retornarem às duas aldeias como professores. Segundo Estado do País a elaborar plano estadual de políticas para os povos indígenas, MS também foi o segundo a elaborar um plano específico para proteger e promover os direitos da População Indígena (SPPPI), documento redigido em 2018 após o crivo das comunidades de oito etnias. Um marco regulatório, construído com ajuda dos indígenas, que contempla ações em todas as áreas, explicou à época o governador Reinaldo Azambuja.