O volume de negócios desta quinta-feira chamou a atenção dos profissionais das mesas de operações, após dias de "secura" no mercado de câmbio doméstico. E num dia onde normalmente se registra um fluxo intenso de saída, o movimento inverso ajudou a derrubar os preços da moeda americana para R$ 1,617, o que significa um decréscimo de 0,73% sobre o fechamento de ontem.
A cotação do turismo acompanhou a queda, e o dólar foi vendido por R$ 1,740 e comprado por R$ 1,550 nas casas de câmbio paulistas.
Ainda operando, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) valoriza 1%, aos 64.028 pontos. O giro financeiro é de R$ 6,28 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York sobe apenas 0,04%.
O recuo dos preços visto hoje, no entanto, não tiraram a percepção de que as taxas de câmbio podem subir no curto prazo, testando novamente os patamares de R$ 1,63 e R$ 1,64.
Analistas influentes do mercado já admitem que as medidas tomados pelo governo lá atrás --com foco no IOF-- começaram a fazer efeito, e devem restringir a "enxurrada" de dólares vista nos primeiros meses deste ano. "A perspectiva é de que diminua aquela entrada 'absurda' de dólares, e o dólar passe a trabalhar acima de R$ 1,63, como alguns bancos têm projetado", comenta Sérgio Abrosio, da mesa operações da Levycam Corretora.
Outros profissionais do setor financeiro ressaltam que uma definição para a tendência do câmbio depende ainda do desfecho das várias "novelas" que o mercado tem monitorado nos últimos meses: o fim do programa de estímulos do banco central americano, previsto para junho; e a crise da zona do euro, que ainda demanda uma nova rodada de resgate financeiro dos países mais fragilizados.
Entre as principais notícias do dia, O governo dos EUA revelou que o PIB (Produto Interno Bruto) desse país cresceu a uma taxa (anualizada) de 1,8% no primeiro trimestre deste ano, ante o trimestre passado, conforme a segunda estimativa preliminar. No último trimestre do ano passado, o crescimento estimado foi de 3,1%.
No front doméstico, o IBGE apontou uma taxa de desemprego de 6,4% em abril. Trata-se da menor taxa para um mês de abril desde 2002.
JUROS FUTUROS
No segmento de juros futuros da BM&F, as taxas projetadas recuaram em boa parte dos contratos mais negociados.
Para julho (a exceção do dia), a taxa prevista foi mantida em 12,03% ao ano; para janeiro de 2012, a taxa projetada cedeu de 12,35% para 12,34%. E no contrato para janeiro de 2013, a taxa prevista caiu de 12,58% para 12,56%. Esses números são preliminares e estão sujeitos a ajustes.
Helton Verão/Fonte: Folha Online
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