A taxa cambial chegou a oscilar abaixo de R$ 1,60 pela primeira vez desde o início de maio, acompanhando de perto a tendência mundial de enfraquecimento da moeda americana. Na semana, a cotação desvalorizou 0,87%, mas no mês ainda acumula um avanço de 1,78%.
O dólar comercial oscilou entre a cotação máxima de R$ 1,613 e a mínima de R$ 1,598, para encerrar a sessão em R$ 1,601, um declínio de 0,98% sobre o fechamento de ontem. "O dólar teria caído até mais, se não fosse o leilão do Banco Central", comenta Alessandro Malagutti, operador da Vision Corretora.
Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi vendido por R$ 1,720 e comprado por R$ 1,540.
Ainda operando, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) valoriza 0,27%, aos 64.274 pontos. O giro financeiro é de R$ 4,28 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York sobe 0,31%.
Além do leilão regular para compra de moeda à vista (às 15h37, hora de Brasília), o BC avisou que vai consultar o mercado na segunda-feira, para averiguar o interesse em uma eventual oferta de "swaps" cambiais reversos (equivalentes a operações de compra de dólar futuro).
No front externo, o terceiro dia consecutivo de indicadores frustrantes nos EUA não animou novas apostas no dólar, ainda que as Bolsas americanas --que acumulam desvalorização em torno de 3% neste mês- se mantenham em terreno positivo.
Lá fora, o euro subiu de US$ 1,4140 para US$ 1,4283, apesar do noticiário ainda preocupante sobre a crise das dívidas soberanas: hoje, líderes políticos gregos admitiram a falha das negociações para implementar o plano de austeridade fiscal proposto pelo atual gabinete.
A União Europeia e o FMI pressionam o país para cortar despesas como condição para renovar o socorro financeiro acertado no ano passado.
Em contraponto, líderes do G8 (o grupo dos países mais desenvolvidos) fizeram uma declaração mais otimista sobre a evolução da economia mundial.
"A recuperação global está ganhando força e está se tornando mais autossustentável. Porém, permanecem riscos negativos, e desequilíbrios internos e externos ainda são uma preocupação", avaliaram, fazendo referências à questão das dívidas soberanas e à alta das commodities.
Esse cenário de incertezas é apontado por analistas como um dos motivos que devem tornar a semana que vem um período de volatilidade para o mercado financeiro. Uma parcela dos especialistas também avalia que as medidas adotadas pelo governo para conter a "enxurrada" de dólares já fizeram efeito e podem restringir o derretimento das cotações.
JUROS FUTUROS
No segmento de juros futuros da BM&F, as taxas projetadas cederam em alguns dos principais contratos negativos. Em duas semanas, o Comitê de Política Monetária volta a se reunir, e apostas do mercado apontam para um ajuste de 0,25 ponto percentual da taxa Selic.
Para julho (a exceção do dia), a taxa prevista permaneceu em 12,03% ao ano; para janeiro de 2012, a taxa projetada caiu de 12,35% para 12,34%. E no contrato para janeiro de 2013, a taxa prevista recuou de 12,57% para 12,54%. Esses números são preliminares e estão sujeitos a ajustes.
Fonte: Folha Online
Deixe seu Comentário
Leia Também

Serviço criado no HRMS para auxiliar na desospitalização já atendeu 1,4 mil pacientes em cinco anos

Governo vai liberar mais de R$ 10,8 milhões para obras de Fórum especializado e pavimentação de estr

Ferramenta de MS registra 40 denúncias por semana e reforça combate aos maus-tratos de animais
