A taxa cambial desvalorizou 1,1% na semana, mas acumula alta de 2,67% neste mês. Neste ano, no entanto, a cotação ainda tem um decréscimo de 3%.
Nas últimas operações desta sexta, o dólar comercial foi trocado por R$ 1,615, em um decréscimo de 0,12%. Já o dólar turismo foi negociado por R$ 1,730 para venda e por R$ 1,560 para compra.
Ainda operando, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) valoriza 0,60%, aos 62.743 pontos. O giro financeiro é de R$ 12,10 bilhões (inflado pelo leilão de ações da Portx). Nos EUA, a Bolsa de Nova York cai 0,83%.
Essas diferenças nas variações da moeda americana refletem pelo menos dois fatores fundamentais para a definição de preço: primeiro, o forte ingresso de recursos externos, como tem mostrado semanalmente as estatísticas do Banco Central sobre o fluxo de câmbio; segundo, o aumento da aversão a risco dos agentes financeiros.
O contexto mundial reforça essas incertezas: enquanto a China sinaliza com novas medidas restritivas à economia superaquecida, a crise das dívidas na Europa continua sem prazo para terminar. Não por coincidência, as commodities desvalorizaram nas últimas semanas, em resultado de uma visão mais pessimista sobre o crescimento econômico mundial.
As notícias do dia pouco ajudaram a desfazer o cenário acima: a agência Fitch rebaixou o "rating" (nota de risco de crédito) da Grécia para "B+", uma avaliação reserva para os países (ou empresas) mais arriscados a não atender seus compromissos financeiros, isto é, em suspender seus pagamentos.
E no front doméstico, a inflação medida pelo IPCA-15 apontou variação de 0,70% em maio ante 0,77% em abril, segundo o IBGE. Economistas do setor financeiro projetavam entre 0,69% e 0,75%. A taxa atingiu 6,51% em 12 meses --acima do teto da meta do Banco Central, de 6,5%. Em 2011, a inflação já chegou a 3,86%.
Embora a desaceleração tenha sido bem vista por especialistas, pouco amenizou as preocupações de que a taxa encerre o ano acima da meta oficial.
As taxas projetadas no mercado futuro da BM&F subiram moderadamente na rodada de hoje.
Para julho, a taxa prevista passou de 12% ao ano para 12,01%; para janeiro de 2012, a taxa projetada avançou de 12,31% para 12,32%. E no contrato para janeiro de 2013, a taxa prevista ascendeu de 12,55% para 12,57%. Esses números são preliminares e estão sujeitos a ajustes.
Da redação
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