O giro de negócios no mercado de câmbio foi um dos mais baixos do mês, inferior a US$ 2 bilhões, conforme os dados preliminares da BM&F, no segmento para operações com dólar à vista.
Os agentes financeiros acompanharam de perto a desvalorização das commodities, no início de uma semana que promete volatilidade devido à pesada agenda econômica e às incertezas sobre a crise dos países periféricos na Europa. Na praça internacional, o euro foi negociado por US$ 1,4192 nesta segunda ante US$ 1,411 na sexta-feira.
Analistas avaliam que o barateamento das matérias-primas, embora com efeitos positivos para a inflação, tende a afetar os termos balança comercial, o que, em tese, enfraquece a moeda brasileira frente ao dólar. Hoje, o Ministério do Desenvolvimento informou que a balança comercial apresenta um superavit de US$ 2,46 bilhões nas duas primeiras semanas do mês. No acumulado do ano, o superavit chega a US$ 7,48 bilhões, o que é mais que o dobro (106%) que a cifra registrada no mesmo período em 2010.
Nesse contexto, o dólar comercial foi negociado por R$ 1,632, em uma queda de apenas 0,06% sobre o fechamento da semana passada. Já o dólar turismo foi vendido por R$ 1,750 e comprado por R$ 1,580 nas casas de câmbio paulistas.
Ainda operando, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) sofre queda de 0,67%, aos 62.813 pontos. O giro financeiro é de R$ 7,22 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York cai 0,22%.
O Banco Central limitou as intervenções do dia a somente um leilão para compra de moeda, perto das 16h (hora de Brasília), quando aceitou ofertas por R$ 1,6319 (taxa de corte).
O boletim Focus, elaborado pelo BC, mostrou que a maioria dos economistas no setor financeiro voltou a revisar para menos suas projeções de inflação -- a taxa projetada para o IPCA deste ano caiu de 6,33% para 6,31%, conforme a mediana das projeções colhidas pela autoridade monetária.
A previsão de preço para o dólar para este ano se manteve em R$ 1,62, enquanto para 2012 continua em R$ 1,70.
A inflação medida pelo IGP-10 teve leitura de 0,55% em maio ante 0,56% em abril, o que confirmou, na visão dos economias, a tendência de acomodação das pressões inflacionárias, mas em ritmo lento.
No segmento de juros futuros da BM&F, as taxas mais negociadas cederam no pregão de hoje.
Para julho, a taxa prevista passou de 12,01% ao ano para 12%; para janeiro de 2012, a taxa projetada foi mantida em 12,29%. E no contrato para janeiro de 2013, a taxa prevista cedeu de 12,53% para 12,49%. Esses números são preliminares e estão sujeitos a ajustes.
Helton Verão/Fonte: Folha Online
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