O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) fechou o mês de julho, mais uma vez, em queda. Segundo dados divulgados hoje (22), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o índice fechou o mês de julho com variação de 0,17%, com resultado 0,30 ponto percentual inferior aos 0,47% relativos a taxa de junho. Em julho do ano passado, porém, o IPCA-15 fechou em 0,07%.
Com o resultado, o IPCA-15 passou a acumular de janeiro a julho uma variação de 4,17%, acima dos 3,52% de igual período do ano passado; com a taxa dos últimos 12 meses (a taxa anualizada) fechando em 6,51%, neste caso fechando acima dos 6,41% dos 12 meses anteriores.
Os dados apurados pelo IBGE indicam que o grupo transportes (que passou de uma inflação de 0,50% em junho para uma deflação (inflação negativa de 0,85% em julho) foi o principal responsável pela queda do índice, detendo menos 0,16 ponto percentual de impacto no IPCA-15 do mês.
Alimentação e bebidas (de 0,21% para -0,03% em julho) também contibuiram com -0,01 para variação do IPCA-15. Segundo o IBGE, entre os alimentos muitos produtos ficaram mais baratos de um mês para o outro, especialmente: batata-inglesa (-13,23%), tomate (-11,63%), feijão-fradinho (-8,04%), cenoura (-7,67%), feijão-carioca (-7,44%), cebola (-6,36%), hortaliças (-5,33%), feijão-preto (-5,32%) e farinha de mandioca (-4,60%).
Dos nove grupos pesquisados, apenas habitação (que subiu de 0,29% em junho para 0,48% em julho); e despesas pessoais (de 1,09% para 1,74%) registraram alta entre junho e julho. No caso da alta do grupo habitação, a pressão foi exercida pelas diárias de hotéis, cuja alta de 28,63% liderou o ranking dos principais impactos, com 0,13 ponto percentual - o mais elevado resultado por grupo.