Menu
Busca quarta, 12 de fevereiro de 2025

Mantega cobra compromisso com reformas de candidata ao FMI

31 maio 2011 - 11h30

O Ministro da Fazenda, Guido Mantega, cobrou da candidata à direção do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, compromisso com as reformas que foram executadas durante a gestão de Dominique Strauss-Kahn.

"O importante para o Brasil é que o FMI continue sua trajetória dos últimos três anos e colocando os países emergentes numa posição de protagonismo", disse.

Nesta segunda-feira, Mantega almoçou com Christine Lagarde em Brasília. O Brasil é o primeiro país visitado por Lagarde na campanha pela direção-geral do Fundo.

Segundo ela, a escolha do Brasil como primeiro país para apresentar a sua candidatura se deu por ser um país de grande relevância no cenário internacional.

"É um orgulho começar a campanha no Brasil. Eu escolhi como primeiro destino porque é um dos grandes países emergentes, onde as ideias e propostas contam muito no cenário internacional", declarou Lagarde.

Emergentes

Durante o encontro, Mantega também cobrou uma maior participação dos países emergentes no FMI. Segundo ele, o critério mais importante na escolha do diretor-geral não é a nacionalidade, mas os méritos do candidato.

"O mais importante é a competência, experiência e o compromisso com as reformas. Além disso, é muito importante também que haja maior participação dos países emergentes no corpo democrático do fundo. Deve haver uma participação maior", cobrou o ministro Mantega.

Questionado sobre a proposta de um mandato-tampão, até o fim de 2012, Mantega disse que o Brasil ainda não tem uma posição firmada sobre o assunto.

"Nós vamos aguardar a apresentação de todos os candidatos e depois de conversamos com todos eles é que o governo brasileiro tomará uma posição", afirmou Mantega.

A ministra francesa se comprometeu a continuar as reformas solicitadas por Mantega. Para Lagarde, elas são necessárias na atual conjuntura.

"A minha candidatura está inscrita na corrente de reformas que foi iniciada pelo diretor-geral. Existe uma corrente de reforma, que foi comprometida desde 2008 e precisa ser executada", declarou.

Lagarde disse ainda que o fato de ser francesa não é um beneficio.

"O fato de eu ser europeia e francesa não é um beneficio. O FMI não pertence a ninguém, mas pertence a totalidade desses membros", afirmou.

Depois do Brasil, a ministra francesa vai à China, Índia e Oriente Médio promover sua candidatura à direção do FMI.

Deixe seu Comentário

Leia Também

Serviço criado no HRMS para auxiliar na desospitalização já atendeu 1,4 mil pacientes em cinco anos
Governo vai liberar mais de R$ 10,8 milhões para obras de Fórum especializado e pavimentação de estr
Ferramenta de MS registra 40 denúncias por semana e reforça combate aos maus-tratos de animais
MS amplia exportações e saldo da balança comercial sobe quase 10% em janeiro