Agentes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama) atuando na Operação Disparada na última semana encontraram uma exploração de madeira ilegal no município de Itaúba, no norte de Mato Grosso. Em ação conjunta com a Secretaria de Meio Ambiente do estado (Sema) e a Polícia Militar Ambiental, foram apreendidas 389 toras de diversas espécies, que estavam em várias esplanadas ao longo da floresta para a retirada da madeira ilegal. Próximo ao local da extração ilegal de madeira foi detectada também uma área de 1,1 mil hectares onde a floresta foi queimada.
Os responsáveis pela queimada e pela extração ilegal de madeira serão multados em R$ 8,9 milhões, terão as áreas embargadas e devem responder por crime ambiental na justiça. A ação foi executada para averiguar informação levantada pelo Ibama de que os créditos gerados em uma área de exploração, autorizada, estariam sendo utilizados para ocultar madeira ilegal oriunda de outras áreas.
Perto da propriedade onde havia a exploração ilegal, dois caminhões carregados de madeira em toras foram apreendidos devido a diferenças entre os volumes e as espécies transportadas e os dados que constavam nas guias florestais apresentadas pelos caminhoneiros no momento da fiscalização.
A situação encontrada pela fiscalização ilustra a dinâmica da ocupação do solo feita de forma ilegal na Amazônia, segundo o Ibama. Primeiro chega a exploração seletiva de madeira, realizada sem critérios no que diz respeito à conservação da área e que provoca grandes danos à floresta nativa. Depois de esgotadas as árvores de interesse comercial, o desmatamento a corte raso é realizado, muitas vezes com o uso do fogo, uma vez que a floresta degradada se torna muito mais suscetível a incêndios, e em seguida tem início a produção agropecuária na área.
Da Redação/Fonte: Globo Rural
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