A safra de grãos do Brasil, no período 2010/2011, deve ser de 159,5 milhões de toneladas. O valor confirma recorde na produção, de acordo com oitavo levantamento da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), divulgado nesta terça-feira, (10), em Brasília.
Segundo estimativa da Conab, a safra de grãos terá aumento de 6,9% ou cerca de 10,3 milhões de toneladas a mais que a safra passada, quando foram colhidas 149,2 milhões de toneladas. Na comparação com o último levantamento, realizado em março, a produção cresceu 1,3% ou o equivalente a 2,1 milhões de toneladas. A área cultivada também cresceu, com ganho de 3,9%, atingindo 49,3 milhões de hectares (1,84 milhão de ha a mais que o utilizado no ciclo 2009/2010).
O crescimento se deve à ampliação de áreas de cultivo do algodão, do feijão 1ª e 2ª safras, da soja e do arroz. A boa influência do clima sobre o desenvolvimento das plantas foi também responsável pelo resultado.
O algodão apresenta-se com o maior aumento percentual em área, com cerca de 65,9% a mais que no ano passado (835,7 mil ha). Esse crescimento pode levar a uma produção de 2 milhões de toneladas de pluma, o que representa 843,7 mil t a mais. O número registrado na safra anterior foi de 1,2 milhão de toneladas de pluma.
Outro destaque é o feijão. A área deverá crescer 5%, chegando a 3,8 milhões de hectares. Em relação à safra passada, a produção eleva-se em 14,3%, podendo alcançar 3,8 milhões de toneladas. A área da 1ª safra é de 1,4 milhão de hectares, enquanto a da 2ª safra deverá atingir 1,6 milhão de hectares e a da 3ª safra, 0,8 mil hectares.
No caso da soja, houve uma ampliação da área de 2,9%, alcançando 24,1 milhões de hectares. A produção cresceu 7,2%, alcançando 73,6 milhões de toneladas. A colheita do grão está praticamente finalizada. Para o arroz, o aumento da área foi de 3,7%, elevando-se para 2,88 milhões de hectares, assim como a produção que deve apresentar um aumento de 19,2%, atingindo 13,9 milhões de toneladas. A safra anterior foi de 11,7 milhões de toneladas.
No milho total, a produção deverá ser de 56 milhões de toneladas, semelhante à da safra passada, quando atingiu 56,2 milhões de toneladas. Para o milho 2ª safra, a estimativa é semear 5,7 milhões de ha, ou seja, um aumento de 8,3%, devendo, produzir 21,6 milhões de toneladas. Há expectativa quanto ao comportamento do clima para o milho 2ª safra, uma vez que boa parte da lavoura foi semeada fora do período recomendado.
A pesquisa foi realizada por técnicos, no período de 25 a 28 de abril, quando foram consultados representantes de cooperativas e sindicatos rurais, de órgãos públicos e privados nas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste, além de parte da região Norte.
Camila Bertagnolli/ Fonte: Conjuntura Online
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