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Problemas no casamento afetam sono das crianças

17 maio 2011 - 11h53

Gritos, discussões, um ambiente tenso dentro de casa... Tudo isso parece afetar a vida dos filhos de um casal que tem problemas em seu relacionamento. Pesquisadores da Universidade do Estado de Oregon, nos Estados Unidos, descobriram que a instabilidade entre casais quando a criança tem nove meses influencia o sono do bebê aos 18 meses, incluindo dificuldade para dormir e se manter dormindo.


Mesmo levando em consideração fatores como as condições do nascimento propriamente dito, a ansiedade dos pais e o temperamento difícil de algumas crianças, os resultados ainda são mantidos. 


"Se o problema do sono persistir, pode acarretar em problemas na escola, de falta de atenção e comportamento", diz Anne Mannering, uma das cientistas participantes. Segundo ela, os pais devem estar cientes de que o estresse no casamento pode afetar a criança, mesmo quando ela é bem pequena. Os resultados da pesquisa foram publicados no periódico especializado Child Development. 


Segundo Mannering, este é o primeiro estudo a mostrar uma ligação entre os problemas conjugais e o sono das crianças eliminando a possibilidade de haver uma relação genética entre as duas coisas. Para isso, os pesquisadores entrevistaram mais de 350 famílias com filhos adotados. Para a pesquisadora, as brigas dos pais influenciam o sono infantil muito mais cedo do que já havia sido provado anteriormente. Curiosamente, os pesquisadores não provaram que o inverso seja verdade: os problemas do sono das crianças não indicam instabilidade conjugal. 


Para ranquear o estresse entre o casal, os pesquisadores pediram que os pais respondessem, de um a quatro, algumas questões, como "Você já pensou em se divorciar?". Segundo Mannering, os casais era predominantemente de classe média, brancos, de boa educação e haviam adotado o filho nos primeiros três meses de vida da criança. Agora os pesquisadores estão investigando se a relação entre a instabilidade conjugal e problemas do sono infantil persiste após os dois anos de idade, e o papel que a relação dos pais com os filhos poderá ter nessa associação.


 


Camila Bertagnolli/Fonte: Revista Época

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