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Trabalhadores da construção civil de MS ameaçam greve

06 maio 2011 - 12h55


Os trabalhadores da construção de Mato Grosso do Sul, representadospela Fetricom, poderão iniciar um movimento de greve apartir destasexta-feira, em diversos municípios, por causa do reajuste salarial de apenas 12% apresentado pelo Sinduscon-MS, em audiência ocorrida nesta quinta-feira (05), na Delegacia Regional de Trabalho.

A proposta salarial apresentada pela Fetricom-MS para convenção2011/2012 era de 30% de reajuste, mais na rodada de negociação ospatrões apresentaram apenas 12% de reajuste, índice que sequer garante um piso de referência com base no salário mínimo, no próximo ano, previsto para R$ 611,00, já negociada com as centrais sindicais e o Governo Federal.

Atualmente o piso acordado para a função de servente é de apenas R$532,00, ou seja, R$ 13,00 abaixo do salário minimo nacional. Já afunçao de pedreiro recebe R$ 723,00, apenas R$ 178,00 a mais do mínimo legal. A Fetricom defende um piso de R$ 750,00 para servente e de R$ 1.100,00 para pedreiro. "Com estes valores nenhum profissional quer ficar na construção civil, pois trabalha muito, ganha pouco e vive em condições precárias de trabalho", alerta Corumbá.

De acordo com o presidente da Fetricon-MS, Weberton Sudário da Silva(Corumbá) o mercado da construção civil continua aquecido, em plenocrescimento, o que possibilita as empreiteiras e construtoras de todos os portes pagarem um piso salarial mais decente para a categoria. "Atualmente o que estamos defendendo já vem sendo praticado pelo mercado, apenas legalizariamos o que existe informalmente", explica o sindicalista.

Nas cláusulas sociais Corumbá esclarece que também não houve avançosna negociação por parte dos patrões, que se resumiram a conceder umacesta-básica anual para a categoria, além da manutenção do banco dehoras e o fim do desconto assistencial pago pelos trabalhadores. "Comesta postura da entidade representativa patronal não existe outraalternativa senão convocarmos assembléias gerais a partir destasexta-feira nos principais canteiros obras, principalmente públicas, e começar votar indicação paralisação por tempo indeterminado".

O dirigente esclarece que a nova direção da Fetricom, que tomou posseem março de 2010, não vai se curvar perante a pressão patronal,adotando uma postura mais reivindicativa em defesa da categoria,inclusive avanços econômicos e de condições de trabalho".Foto legenda Webergton Sudario - Pres. da Fetricom-ms (Federação dosTrab nas Indústrias da Construção e do Imobilário do MS)www.fetricomms.com.br

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