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Decon apreende duas toneladas de produtos impróprios ao consumo

24 setembro 2014 - 11h52Por Mariana Rodrigues/Informações PCMS

 Policiais Civis da Decon (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo), em ação conjunta com Fiscais Agropecuários da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal), da Vigilância Sanitária Estadual e do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), realizaram de 15 a 20 de setembro, fiscalizações nos municípios de Ivinhema, Caarapó, Juti e Itaporã, no intuito de combater a concorrência desleal, os crimes contra as relações de consumo e o trânsito e comércio de produtos de origem animal clandestinos.

 Durante a operação, foram realizadas fiscalizações em diversos estabelecimentos comerciais, sendo apreendidas 02 toneladas de produtos de origem animal clandestinos, dentre eles carnes bovinas, suínas, linguiça caseira, frangos, laticínios e mel.

 No município de Ivinhema, uma granja que funcionava de maneira irregular foi interditada pelos fiscais agropecuários e sanitários, tendo em vista que não possuía autorização para funcionar.

 Ressalte-se que as condições higiênico-sanitárias dos estabelecimentos comerciais fiscalizados eram precárias ou até mesmo inexistentes, contrariando, dessa forma, todas as legislações sanitárias vigentes.

 De acordo com o delegado, Gomides Ferreira “As ações objetivam a orientação dos proprietários dos estabelecimentos fiscalizados. A prática de transporte, manipulação e armazenamento de gêneros alimentícios sem o cumprimento das normas sanitárias vigentes é usual em algumas regiões do Estado e necessita de fiscalização contínua”.

 “Tais fatos configuram não só o desrespeito às normas de saúde pública e com as pessoas que poderão consumir tais produtos, como também à concorrência desleal, trazendo prejuízos aos fornecedores sérios que se preocupam com o produto que será fornecido aos seus clientes”, explica o delegado.

 Cabe salientar que o consumo de produtos de origem animal oriundos de abates clandestinos pode acarretar diversas doenças para o ser humano, como cisticercose, brucelose dentre outras, além de transtornos gástricos como diarréia, vômitos e, em casos mais graves, podendo levar a óbito.

 “Os responsáveis responderão a procedimento administrativo junto à Iagro que, posteriormente, remeterá toda documentação pertinente às Delegacias de Polícia dos municípios fiscalizados. Se indiciados, os responsáveis responderão a inquérito policial, por crime contra as relações de consumo, cuja pena pode variar de 02 a 05 anos de prisão”, finaliza Gomides.

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