O estudante de direito Cristhiano Luna de Almeida, de 23 anos, ganhou liberdade provisória na tarde desta segunda-feira (2). Conforme determinação do poder judiciário do Estado, Cristiano vai aguardar em liberdade a audiência marcada para o dia 14 de junho, às 13h15 da tarde. Nesta tarde (2) o acusado de matar o segurança Jefferson Bruno Gomes Escobar, de 19 anos, deixou a cadeia na companhia do pai, que o aguardava no estacionamento.
O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ/MS) concedeu Habeas Corpus em 2º grau pelo desembargador Manoel Mendes Carli, da 2ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Campo Grande.
O caso:
Jeferson morreu após ser agredido numa casa noturna de Campo Grande, na madrugada do último dia 19. Este momento da agressão, segundo testemunha, aconteceu fora do alcance da câmera de segurança do bar. A pessoa que presenciou o fato e prestou depoimento à polícia diz que Bruno estaria caído, enquanto Christiano desferiu socos e chutes no segurança.
Sem ar, Jeferson teria falado que passava mal. Christiano, que já treinou jiu-jitsu, responderá por homicídio doloso e não mais por lesão corporal dolosa, conforme estava no início do inquérito. Ele pode ser levado a júri popular.
O período das agressões que teriam causado a morte do segurança compreende os 24 segundos das gravações externas nos quais os dois também saem do foco da câmera, após Christiano ter sido retirado do estabelecimento.
De acordo com a delegada Daniella Kades, do 1° DP, que analisou também as imagens internas, Christiano passou a mão por duas vezes nas nádegas de um garçom, inclusive tendo falado frases racistas ao mesmo. Em outro inquérito, o autor também responderá por injúria qualificada por racismo.
Ceyd Moreles