No levantamento epidemiológico da dengue, realizado pela Secretaria Municipal de Saúde do dia primeiro ao dia vinte de maio, foram registradas 160 notificações da doença. No mês de maio do ano passado ocorreram 1576 notificações, sendo que, desse total, 837 casos foram confirmados, com uma morte e quatro registros de febre hemorrágica.
“Os dados deste ano não são preocupantes comparados aos do ano passado. Esperamos, ainda no período de junho a setembro, uma redução maior das notificações de dengue por causa do inverno e da diminuição das chuvas”, sinalizou Mauro Lúcio Rosário, gerente técnico do Centro de Controle de Zoonoses.
Mesmo com um quadro positivo de controle da doença, Mauro pede à população para não descuidar da prevenção, evitando depósitos de água parada, inclusive dentro das residências. “No inverno grande parte dos mosquitos morrem. Já dentro de casa, que é mais quente, a fêmea pode desovar se encontrar algum depósito de água”, esclareceu.
Outra questão mencionada pelo técnico do CCZ é a importância de não acumular recipientes inservíveis (latas, plásticos, garrafas) ou descartá-los em terrenos baldios. Segundo Mauro, esses recipientes, mesmo secos, podem abrigar ovos do Aedes aegypti, que sobrevivem ao frio e à falta de água por até um ano e meio.
“A insistência das pessoas em manter produtos inservíveis é um problema cultural, falta sensibilização para que todos se responsabilizem pela prevenção da dengue”, considerou o técnico do CCZ.
O trabalho dos funcionários e agentes de saúde do CCZ não para, mesmo com a dengue sob controle. Os agentes continuam fazendo as visitas domiciliares de prevenção e orientação, inseticidas são aplicados nos locais com notificações, incluindo a busca ativa dos focos do mosquito nesses locais. As equipes também realizam mutirões de limpeza e organizam palestras de educação em saúde com a comunidade.
Ida Garcia/Fonte: CG Notícias
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