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‘Carta de Bonito’ potencializa e confirma estratégia de desenvolvimento de Mato Grosso do Sul

01 outubro 2019 - 12h55Por SEMAGRO

Na última semana os olhos de todo o mundo estiveram voltados para Mato Grosso do Sul, e em especial Bonito, que sediou a 9º Reunião dos Ministros da Agricultura do Brics. Ao final os representantes dos cinco países assinaram uma carta que levou o nome do município pantaneiro.

Com 27 pontos, a ‘Carta de Bonito/MS/Brasil”, reitera o comprometimento de cooperação na área agrícola, afirmando o potencial para aprimorar a colaboração nas áreas de produção de alimentos, segurança alimentar e segurança ambiental dos cinco países.

Ao avaliar o documento, onde os países do Brics se mostram prontos para fortalecer os mecanismos e aprimorar a comunicação em importantes temas internacionais, como o incentivo a novas soluções para o aumento da produção de alimentos, o empreendedorismo em startups de agrotecnologia, o aumento do comércio internacional, a segurança alimentar em países em desenvolvimento e o cumprimento da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, o Governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, observou que pelo menos oito artigos da carta tratam exclusivamente da questão da sustentabilidade, o desenvolvimento sustentável da agricultura, baseado no conhecimento, na questão de melhoria da saúde, de incremento de produtividade e redução de custos, com destaque especial para a conservação de solo e água, conjunto de princípios que há 4 anos vem sendo trabalhado pela equipe de seu Governo.

“O conteúdo da carta potencializa e confirma que a estratégia de desenvolvimento de Mato Grosso do Sul está alinhada com estratégia mundial dos principais produtores e é claro com a estratégia do Governo Brasileiro”.

Reinaldo lembrou que o Estado tem uma boa base de pesquisa com duas unidades da Embrapa, duas Fundações, e universidades. Que o Estado tem feito um trabalho intenso de expansão da produção agrícola, já exporta para países que compõe o Brics, bateu recentemente o recorde de produção de milho, se prepara para números grandiosos na safra de soja, tem importante espaço na produção de celulose de floresta e uma série de programas que permite que o Mato Grosso Sul tenha destaque nacional.

“Temos programas que convergem com esse desenvolvimento sustentável que é a produção de carne carbono neutro, somos líder nacional na integração lavoura-pecuária-floresta, com 2,5 milhões de hectares, nossa base de pesquisas nos permite realizar uma serie de cooperações técnicas com o Brics, e a oportunidade é excelente para que busquemos junto a países como a China e a Índia consolidar a nossa rota Bioceânica.”

Explicou, reforçando que além de oferecer produtos Mato Grosso do Sul pode se mostrar extremamente competitivo nesses mercados. O Secretario Jaime Verruck, que teve a oportunidade de participar do evento representando o Governo do Estado ao lado da Ministra Tereza Cristina, falou do impacto das decisões resumidas na carta classificando-a como extremamente importante para a economia mundial.

Na avaliação de Verruck, que é titular da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar de Mato Grosso do Sul, os itens da carta devem ser observados sob a ótica das grandes transformações por que passam o mundo que hoje discute as mudanças climáticas, a ampliação das exportações e grandes disputas comerciais.

“A visão do mundo a respeito da nossa produção pode mudar a partir do que foi apresentado para esses líderes na reunião do Brics em Bonito” afirmou Jaime ao observar que Brasil, Rússia, Índia, China e a África do Sul representam 3,3 bilhões de pessoas e juntos os cinco países são responsáveis por 50% da demanda de agua, 40% da energia e 35% da demanda de alimentos de todo o mundo.

“Lá fora vemos ser apresentadas imagens que, em boa parte, não refletem a nossa realidade. Apresentamos aos ministros os nossos processos de agricultura integrada com ecoturismo, processos de agricultura integrada com reserva legal, o trabalho com as áreas de preservação permanentes e toda tecnologia empregada, com altíssima produtividade e mecanismos sustentáveis”.

Observou o Secretário, ao comentar que o setor agrícola mundial reconhece o processo de mudança climática e percebe a adaptação, em ações como agricultura de baixo carbono, integração lavoura-pecuaria-floresta, aumento de produtividade e que a força da agricultura mundial está baseada em tecnologia e sustentabilidade e caminha para a questão da bioeconomia e a agricultura digital.

Para o secretário ficou claro que o aumento da demanda desses países dá espaço para ampliação de suas relações comerciais com grandes ganhos para todos. “Esse é um jogo onde todos devem participar. Sozinho, por mais que queira, nenhum dos cinco países conseguiria atender tamanha demanda. Há espaço para todos e, nesse encontro houve o entendimento de que o Brasil tem produção, tecnologias e sistemas de produção modernos e arrojados e que, com a cooperação proposta podem ser compartilhados e ajudar para os demais parceiros”. Completou.

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