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Em referendo, população suíça rejeita acabar com suicídio assistido

15 maio 2011 - 18h51

O suicídio assistido, prática em que uma pessoa portadora de doença terminal ou deficiência grave recebe auxílio para pôr fim à vida, há décadas é legal na Suíça. Mesmo assim, o país realizou hoje um referendo com duas propostas de mudança na legislação vigente. 


Segundo as projeções das contagens de votos, na cidade de Zurique os eleitores rejeitaram ambas as propostas para limitar a prática. Os números indicam que apenas 14% dos eleitores votaram a favor da primeira proposta, que proibiria totalmente a prática do suicídio assistido. Já a segunda, que pretendia proibir apenas cidadãos estrangeiros de aproveitar as leis locais para praticar o que ficou conhecido como "turismo do suicídio", obteve o apoio de apenas cerca de 20% dos eleitores.


Nos últimos anos, Zurique ganhou atenção pelo trabalho de organizações não governamentais (ONGs) que praticavam o suicídio assistido. Muitos dos "clientes" eram estrangeiros, principalmente da Alemanha e do Reino  Unido, países nos quais a prática é proibida.


O resultado da votação mostra como a crença de que é direito de cada um escolher quando e como vai morrer é forte entre os suíços, inclusive para os cidadão estrangeiros, que vão ao país apenas para isso. 
Pesquisas indicam que os eleitores querem uma legislação nacional mais clara, por isso as discussões sobre o suicídio assistido devem continuar. Para a população, o ideal seria estabelecer os casos nos quais a prática é permitida e, também, regras sobre as organizações que oferecem o suicídio assitido.


O governo suíço deve propor uma nova lei sobre o tema nos próximos meses.



Camila Bertagnolli

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