Com mais de 55% da população analfabeta no Haiti e estudantes fora da sala de aula, o presidente haitiano, Michel Martelly, criou o Fundo Nacional para a Educação (FNE) com o objetivo de atender 2 milhões de pessoas em cinco anos. A prioridade, inicialmente, é atender crianças e adolescentes.
Segundo o presidente, o apoio para o projeto virá de um “consórcio de vários setores” que financiarão para a execução do programa. No Haiti, a maioria dos 4 milhões de crianças em idade escolar não frequenta salas de aula por falta de condições econômicas e 75% das crianças das zonas rurais não têm acesso à educação.
De acordo com Martelly, empresas de telecomunicações já se dispuseram a colaborar com o programa. O presidente do Haiti pretende arrecadar US$ 180 milhões, por meio de convocações internacionais.
De acordo com o presidente, o fundo será gerido por um comitê público e privado e as contas serão depositadas em uma empresa internacional independente. Martelly afirmou que pretende manter o gerenciamento dos recursos de forma "bem transparente", segundo uma nota da Presidência do Haiti.
Porém, o Haiti ainda vive problemas decorrentes da falta de infraestrutura. Na quarta-feira (25), três crianças morreram por causa de um deslizamento de terra e inundações em três bairros de Bel Air – uma das regiões mais pobres da capital, Porto Príncipe. No país, a maioria das pessoas ainda mora em barracas improvisadas desde o terremoto de 12 de janeiro de 2010.
Nos últimos dias, o Haiti está com alerta laranja por causa da chuva intensa que atingiu a maior parte do país. Foram registrados danos em várias cidades e os bairros ficaram alagados levando as autoridades a manter o alerta.
karla Lyara/Com informações da Agência Pública de Informações de Portugal, a Lusa
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