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Promotor de tribunal da ONU pede a prisão do líbio Gaddafi

16 maio 2011 - 14h02


Ditador, seu filho e chefe da inteligência são acusados de crimes contra a humanidade

O promotor do Tribunal Penal Internacional (TPI), Luis Moreno Ocampo, anunciou nesta segunda-feira (16) ter emitido uma ordem de prisão por crimes contra a humanidade contra o ditador líbio Muammar Gaddafi, além de seu filho mais velho, Seif al Islam, e do chefe dos serviços de inteligência de seu regime, Abdallah al Senusi.

Ocampo classificou as acusações contra Gaddafi em duas categorias: crimes contra a humanidade e perseguição. Ele deu uma entrevista coletiva em Haia, onde fica a sede do tribunal da ONU (Organização das Nações Unidas).

- Com base nas provas obtidas, o escritório do promotor pediu à Câmara Preliminar número 1 que emita ordes de prisão Muammar Gaddafi, Seif al Islam e Abdullah al Sanusi.

Segundo a rede britânica Sky News, Ocampo encaminhou ao tribunal um relatório com 74 páginas contendo acusações contra o trio. Gaddafi é acusado de atacar civis em suas casas, atirar em manifestantes e pessoas em funerais e de usar atiradores de elite para alvejar pessoas na saída de mesquitas.

Os juízes do TPI podem decidir se aceitam o pedido do promotor, rejeitam ou solicitam informações adicionais.

O promotor do TPI abriu uma investigação em 3 de março por crimes contra a humanidade cometidos na Líbia desde fevereiro contra oito personalidades líbias, entre elas Gaddafi e três de seus filhos.

Ele acusa Gaddafi de atacar sistematicamente alvos civis desde que começaram os protestos contra o seu governo, em fevereiro, matando milhares de pessoas.

A Líbia de Gaddafi está sob bombardeio da Otan (aliança militar do Ocidente) desde o final de março. A ação foi autorizada pelo Conselho de Segurança da ONU justamente por considerar que Gaddafi estava atacando alvos civis.

Apesar de os bombardeios já terem atingido diversas vezes o complexo residencial onde mora o ditador líbio, a Otan diz que o objetivo da missão não é matá-lo, mas proteger os civis.

A situação humanitária vem se deteriorando em algumas cidades controladas pelos rebeldes, especialmente Misrata. A ONU pediu um cessar-fogo imediato na semana passada, para levar medicamentos e mantimentos aos feridos.


 


Karla Lyara/Fonte:R7

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