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Obama pede ao governo do Paquistão que investigue rede de apoio a Bin Laden

09 maio 2011 - 15h03

Brasília - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu ontem (8) que o governo do Paquistão investigue a rede de apoio ao líder e fundador da Al Qaeda, Osama Bin Laden. Para Obama, havia apoio para manter Bin Laden escondido em Abbottabad, onde foi morto no último dia 1º.
Em entrevista ao programa 60 Minutes, do canal americano CBS, Obama afirmou que o governo paquistanês precisa descobrir se alguma autoridade do país sabia do paradeiro do líder da rede extremista.
Na entrevista, o presidente norte-americano disse que Bin Laden devia ter "algum tipo de rede de apoio" no Paquistão, mas acrescentou que não sabe se membros do governo paquistanês estariam envolvidos nessa rede.
"Não sabemos se havia algumas pessoas dentro do governo (paquistanês), pessoas de fora do governo, e isso é algo que temos que investigar e, mais apropriadamente, o governo paquistanês precisa investigar", disse Obama, na entrevista gravada no último dia 4. "E nós já comunicamos isso a eles e eles indicaram que têm profundo interesse em descobrir que tipo de rede de apoio Bin Laden pode ter tido."
Em outra entrevista, desta vez para um programa da rede americana NBC, o conselheiro de segurança do governo norte-americano, Tom Donilon, afirmou que o governo paquistanês precisa determinar como Bin Laden viveu durante seis anos ao lado de uma academia militar e a 100 quilômetros da capital, Islamabad.
Com a morte de Bin Laden, aumentaram as especulações de que o novo líder da rede Al Qaeda poderia ser o homem que é considerado o número 2, Ayman Al Zawahiri.  "[Al Zawahiri] não chega nem perto de ser o líder que Osama Bin Laden foi", disse Donilon.
Donilon também afirmou que as autoridades paquistanesas precisam dar aos Estados Unidos acesso às três viúvas de Bin Laden, que foram detidas depois da operação na qual o líder da Al Qaeda morreu.
Nessa operação foram apreendidos também arquivos digitais, de áudio e vídeo, além de material impresso, computadores, dispositivos de gravação e documentos escritos à mão. Entre os documentos estariam também cartas pessoais de Bin Laden a outros membros da rede. "A CIA [serviço secreto dos Estados Unidos] nos informou que é [o arquivo de informações secretas] do tamanho de uma biblioteca de uma pequena universidade", disse Donilon.
Em meio aos documentos apreendidos estão também os cinco vídeos que o Pentágono divulgou no sábado, sem áudio, de Bin Laden lendo uma mensagem para os Estados Unidos e assistindo a um programa sobre ele mesmo na televisão.


Camila Bertagnolli/Fonte: BBC Brasil

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