Dados divulgados ontem (15) pela Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que são 1.145 os mortos pelo vírus ebola desde o início do surto na África Ocidental, em março deste ano. Ao todo, 2.127 pessoas foram contaminadas em quatro países (Guiné, Libéria, Serra Leoa e Nigéria). Joanne Liu, diretora de Médicos sem Fronteiras, disse hoje que o agravamento da situação está avançando mais rápido que a capacidade de resposta à ela.
Entre os dias 12 e 13 surgiram 152 novos casos da doença e 76 mortes registradas na Guiné, na Libéria, em Serra Leoa e na Nigéria. A Libéria, com 786 infectados, foi o país com maior número de mortes, 413. Em seguida a Guiné, com 519 casos, teve 380 mortes. Serra Leoa teve o maior número de registros da doença, 810, mas teve um número menor de mortes, 348. A Nigéria registrou 12 casos com 4 mortes.
No Brasil, não há casos da doença. Citando alguns boatos que correram pelas redes sociais sobre a presença do vírus ebola no Brasil, o Ministério da Saúde esclareceu por nota que não há casos suspeitos e nem confirmados da doença e que o risco de transmissão para o país é baixo.
Diferente da gripe e da tuberculose, o vírus ebola não é transmitido por vias aéreas. A doença é transmitida por contato direto com sangue e secreções da pessoa contaminada e, por isso, é muito baixo o risco de contato em viagens aéreas.