Menu
Busca terça, 20 de maio de 2025

Capital adere Campanha "Na Mesma Moeda" e protesta contra preço da gasolina

10 maio 2011 - 14h03


A Campanha “Na mesma moeda” chegou a Campo Grande. O protesto contra o aumento da gasolina vem acontecendo em diversos Estados do País. Na Capital sul-mato-grossense, o ponto de partida foi na noite desta segunda-feira (9). Após concentração no Parque das Nações Indígenas, que foi uma prévia do manifesto, com apitos, alto-falante, faixas e nariz de palhaço, os motoristas seguiram para dois postos de combustíveis, na Afonso Pena, em frente ao shopping, e na rua 13 de Maio.

Mãos ao alto, três reais é um assalto”, diziam os manifestantes enquanto dirigiam os carros, com pisca-alerta ligados, e buzinavam.

Nos postos, cada consumidor abasteceu R$ 0,50 de gasolina e pagou com cédula de grande valor ou com cartão, além de exigir nota fiscal.

Segundo o idealizador e organizador da Campanha na Capital, Guilherme Martins, a manifestação é para chamar a atenção quanto ao preço da gasolina. 

Em abril o valor atingiu a casa dos R$ 3,15 em Campo Grande. A compra no valor de R$ 0,50 tem a intenção de deixar os postos de combustíveis no prejuízo, pelo menos, um dia.

Etanol

Os preços do etanol já estão normalizados nas usinas e nesta semana os consumidores já devem pagar mais barato pelo produto. A garantia é do diretor-presidente da Companhia Brasileira de Açúcar e Álcool (CBAA), José Pessoa de Queiroz Bisneto. Segundo ele, o álcool hidratado já está sendo vendido pelas usinas por cerca de R$ 1,10, que é o preço normal de mercado. “Esse álcool já era para estar na bomba hoje por R$ 1,50, R$ 1,60, que é um preço atrativo”, afirmou.

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, também disse que, a partir desta semana, os preços do etanol devem ser regularizados no país, com uma queda substancial dos preços. Segundo levantamento feito pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o etanol custava em média R$ 1,89 em fevereiro, e passou para R$ 2,32 na última semana de abril.

Para Bisneto, o principal fator para o aumento dos preços registrado recentemente foi a rápida subida do consumo, por causa do aquecimento da economia brasileira, que afetou também outros setores. “A produção de álcool no Brasil só vem crescendo, mas a economia cresceu mais que a produção, aí deu esse estresse de abastecimento”. Segundo ele, o consumo de gasolina também aumentou, mas o consumidor não sentiu porque a Petrobras importou o produto.

A intenção do governo de aumentar a participação da Petrobras na cadeia de produção de etanol para regular o fornecimento e os preços do produto, não surtirá muito efeito, na visão de Bisneto. Segundo ele, o problema não está na produção, que vem aumentando a cada ano. O diretor acredita que o governo deveria adotar um programa de preços mínimos e máximos para o produto, para evitar quedas bruscas de preço e de consumo.

De acordo com o ministro Lobão, a Petrobras deverá aumentar sua participação na produção de etanol de 5% para 15% até o fim do mandato da presidenta Dilma Roussseff. 


 


Karla Lyara

Deixe seu Comentário

Leia Também

Governo de Mato Grosso do Sul lança edital de R$ 15 milhões para projetos sociais
Governo de MS dobra UTIs pediátricas no Regional de Três Lagoas diante do aumento de SRAG
Para melhoria urbana, Fátima do Sul apresenta projeto
Mapeamento na fronteira: