Onze anos após ganhar repercussão nacional, o caso do médico cassado Alberto Jorge Rondon de Oliveira (foto) voltou à tona com a maior condenação sofrida por ele desde o início dos processos.
O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul condenou ontem o ex-médico à pena de 42 anos e nove meses de reclusão pelos crimes de lesão corporal dolosa qualificada e lesão corporal simples a 11 mulheres que operou. No início, o processo contava com a acusação de 21 mulheres, porém quatro delas desistiram da ação.
Essa não é a primeira condenação criminal de Rondon pelas mutilações e sequelas deixadas nas vítimas em suas cirurgias. Ele cumpre pena desde 2009, quando foi preso após ficar foragido por cinco anos depois de ser condenado a seis anos de prisão pelo crime de lesão corporal dolosa contra sete mulheres operadas por ele.
Atualmente o ex-médico cumpre a pena em sua casa na cidade de Bonito, pois, de acordo com o advogado de Rondon, Renê Siufi, no município não há regime semiaberto. Além disso, o advogado alega que Rondon possui problemas de saúde.
O juiz responsável pela sentença, Ivo Salgado da Rocha, apesar de refutar a maioria dos argumentos da defesa, ainda absolveu Rondon das acusações de quatro mulheres por falta de provas ou exames periciais. Para as outras 11, no entanto, a pena média foi de quatro anos de reclusão para cada uma, e mais seis meses para uma que na época da cirurgia ainda era menor de idade. Siufi garantiu, ainda, que vai recorrer da decisão do juiz, que ainda é de primeiro grau. E disse que a sentença só começará a ser cumprida quando já não houver mais recursos para o caso.
Até lá, Rondon continua a cumprir pena domiciliar em Bonito, e segue comparecendo à Justiça para informar paradeiro e pedir autorização quando precisar sair da cidade.
Camila Bertagnolli
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