Erros e gafes em rede nacional, em vários programas de TV quando o assunto é referente ao Estado nunca acertam, e trocam Mato Grosso do Sul por Mato Grosso. Isso também acontece em eventos quando algum visitante começa a falar na palestra e cumprimenta os campograndenses dizendo, por exemplo, ‘o quanto é importante o evento acontecer em Mato Grosso’, e em várias ocasiões forma-se um coro dizendo “É Mato Grosso do Sul”.
O debate em torno da mudança do nome do Estado se arrasta por longos anos, desde o final dos anos 90, e nesta semana voltou a ser tema de discurso na Assembleia Legislativa.
O assunto foi retomado nesta terça (24) petista Paulo Duarte, que atacou duramente a forma como o Congresso Nacional se refere a MS, em um tóten instalado na entrada da Câmara Federal para identificar a origem dos parlamentares das bancadas de cada Estado.
Ao fazer referência aos oito deputados e três senadores de MS, o Congresso os ligaria ao vizinho Mato Grosso. “É uma coisa que não dá para admitir, justamente em se tratando do Congresso, que deveria ser referência para a sociedade em termos de informações sobre a geografia do País”, disse Duarte.
O deputado estadual Antônio Carlos Arroyo também falou da confusão feita com os nomes dos dois Estados. Arroyo disse que, além de sofrer com a discriminação do governo federal em relação a repasses financeiros, MS frequentemente se vê às voltas com erros proporcionados pela imprensa nacional acerca da localização do seu território e com referências feitas sobre o Pantanal.
“Pelo menos 67% do Pantanal ficam localizados em MS, mas frequentemente essa informação é omitida por pura falta de conhecimento, já que cita-se ‘pantanal mato-grossense’ quando se trata de informar em qual Estado a região se mostra mais extensa e exuberante”, ressaltou Arroyo.
Estado do Pantanal
Diante das distorções no campo da informação nesse sentido, o deputado republicano anunciou que deverá apresentar um projeto na Assembleia Legislativa para que se regulamente, na Constituição Estadual, um plebiscito para que se apure o desejo da população acerca da mudança do nome de MS, que passaria a se chamar de Estado do Pantanal.
Arroyo sugeriu que o plebiscito poderia ser realizado juntamente com as eleições municipais de 2012, utilizando-se, inclusive, as mesmas urnas que escolherão os prefeitos e vereadores. “Isso não teria custo adicional algum”, falou Arroyo, para quem somente a alteração no nome do Estado poderia finalmente encerrar a confusão sobre a localização de MS e MT.
Outro parlamentar que defendeu a mudança do nome de MS foi o peemedebista Junior Mochi. Ele chegou a alfinetar o descaso de alguns parlamentares que atuaram no passado acerca da confusão que envolve a troca do nome do Estado.
“Alguns parlamentares de MS que atuaram no passado como Constituintes não se preocuparam em inserir, na Constituição Federal de 1988, portanto muito tempo depois da separação de MS de MT, uma cláusula diferenciando, por exemplo, as regiões do Pantanal dos dois Estados”, observou Mochi.
Ida Garcia/com informações Conjuntura Online
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