Por unanimidade, os desembargadores da 1ª Câmara CÃvel negaram provimento a uma apelação cÃvel interposta por uma empresa jornalÃstica contra sentença que julgou procedente os pedidos formulados na Ação de Indenização por Danos Morais ajuizada pelo Sindicato dos Policiais
Federais no Estado de Mato Grosso do Sul - SINPEF/MS, por publicação de matéria inverÃdica que denegriu a imagem dos Agentes da PolÃcia Federal de Ponta Porã.
A empresa afirma que não há como reconhecer o dano moral à pessoal jurÃdica, ante a ausência de comprovação de abalo moral e repercussão econômica à classe representada pelo sindicato e destaca a ausência de ato, por se tratar do mero exercÃcio de direito a informação. Aponta também que ao perceber o erro da notÃcia, foi providenciado a uma publicação de retratação, eximindo-se da responsabilidade por um suposto dano à imagem dos agentes da PolÃcia Federal.
Consta nos autos que a notÃcia veiculada tinha cunho evidentemente ofensivo, pois afirmava de forma clara, que os policiais envolvidos na operação em questão, iriam executar a sangue frio a pessoa que estava sendo presa, só não o fazendo porque haviam muitas pessoas olhando. Consta também que nenhum policial federal agiu assim, uma vez que se tratava de operação da PolÃcia Civil, imputando à Policia Federal uma conduta criminosa, o que se mostra perturbador e causa de inquestionável abalo moral, digno de reparação.
O relator do processo, Des. Divoncir Schreiner Maran explica que é possÃvel a pessoa jurÃdica sofrer dano moral desde que haja prova do abalo à honra objetiva, ou seja, demonstração de ocorrência de repercussão negativa na sociedade que ocasione ferimento a sua imagem. Neste caso o relator entende que os elementos comprovam a existência de dano moral suscetÃvel de indenização.
O Des. Divoncir Schreiner Maran explica que uma imprensa livre e sem censuras é essencial a um Estado Democrático de Direito, mas essa liberdade não pode extrapolar os limites da lei ou causar danos a terceiros de forma injusta. Diante disso, resta configurado o dano moral sofrido pelos Policias Federais, já que o jornal cometeu ato ilÃcito ao veicular notÃcia inverÃdica, e entende que a sentença não merece reparo e portanto nega provimento ao recurso.
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