Menu
Busca sábado, 27 de julho de 2024

No Dia do Carteiro, profissionais comentam mudanças no sistema de correspondências

25 janeiro 2012 - 13h19

Com a chegada da internet, a comunicação entre as pessoas ficou mais rápida e prática. Mas já houve uma época em que era preciso esperar dias e até meses para se ter notícias de um amigo ou parente. Isso quando o Brasil ainda era Colônia de Portugal no século XVII, período em que as cartas eram a principal forma de comunicação e difusão de informações. Em 1663, foi instituído o Correio-Mor, e a partir daí o dia 25 de janeiro, passou a ser o Dia do Carteiro.


Um profissional que continua sendo importante mesmo na era da tecnologia. Gilmar Alves Moreira é carteiro há 17 anos e acompanhou as mudanças na área. Antes mesmo de ser carteiro, ele não era muito de escrever, mas recebia muitas cartas de parentes. “A internet causou muito impacto no nosso trabalho. Agora tem o correio eletrônico, o e-mail, e outras formas de comunicação”, conta Moreira.


Atualmente, Moreira trabalha 8 horas por dia, 4 na triagem e separação das correspondências e mais 4 para a entrega das cartas. Ele caminha cerca de 4 quilômetros pela região central de Campo Grande.


Aos 53 anos, entre o sobe e desce nas ruas, já passou por várias situações inusitadas, desde correr do cachorro como todo carteiro, até esperar para a entrega  da correspondências. “Tinha uma casa que o rapaz pedia para eu não entregar a fatura do cartão para esposa, eu tinha que entregar somente em mãos para ele”, lembra.


A maioria das cartas entregues pelos 750 carteiros de Mato Grosso do Sul são comerciais, como fatura de lojas ou boletos bancários. Somente em Campo Grande são 350 profissionais trabalhando nas ruas de casa em casa.


Encomendas


Em Mato Grosso do Sul, são 350 mil correspondências e encomendas, sendo que 200 mil são entregues em Campo Grande. Se por um lado a internet reduziu o número de cartas particulares, por outro trouxe o costume de fazer compras pela internet, aumentando o número de encomendas.


Valdecir de Lira Lopes trabalha há 30 anos nos Correios. Ele é operador de transbordo e triagem e percebeu o aumento no fluxo de pacotes. “No setor de Sedex, a maioria é produto comprado em sites, muitas entregas nacionais e também internacionais, que aumentou bastante”, conta.


Aos 53 anos, ele se recorda dos cartões de Natal que as pessoas mandavam pelos Correios antigamente. “Hoje em dia não tem mais isso, todo mundo manda o cartão pelo e-mail. Mesmo assim, não falta serviço para gente, a diferença é que mudou o foco, são mais encomendas do que cartas”, concluí.


Adriana Oliveira

Deixe seu Comentário

Leia Também

Comissão de deputados vai acompanhar o processo de relicitação da Malha Oeste
Previsão do tempo para sexta-feira é de continuidade do calor e ar seco em MS
Sancionada lei que autoriza criação da Agência de Promoção de Investimentos de MS
Operação conjunta combate venda ilegal de cigarros em Campo Grande