Nessa tarde (18), o prefeito de Ladário, José Antonio Assad e Faria, manifestou-se pela primeira vez sobre a Operação Questor desencadeada, na última segunda-feira, 16 de maio, pela Polícia Federal em conjunto com Controladoria Geral da União (CGU) e Ministério Público Federal (MPF) que investiga a existência de um esquema que fraudava licitações públicas na Prefeitura ladarense e teria desviado, no período de um ano, a quantia de R$ 500 mil em recursos federais destinados à saúde, educação e infraestrutura daquele município.
A "Operação Questor" cumpriu quatro mandados de prisão temporária em Corumbá; dois em Ladário e um em Campo Grande. Cinco dos seis funcionários da Prefeitura ladarense, entre eles os secretários de Finanças, Name Faria, e de Educação, Eliene Urquiza, que tiveram a prisão temporária decretada, foram encaminhados para os presídios masculino e feminino por falta de espaço adequado na delegacia da PF. A única que permanece na sede da Polícia Federal é a advogada geral do Município, Candelária Lemos. Outros 26 mandados de busca e apreensão foram cumpridos pelos agentes federais.
Numa entrevista coletiva concedida por uma hora na sede do Paço Municipal, José Antonio afirmou acreditar na inocência dos servidores que cumprem prisão temporária e só os afastará dos cargos que ocupam na Administração Municipal se for necessário para as investigações ou por recomendação de órgãos ligados à Justiça. O chefe do Executivo disse também desconhecer a existência de irregularidades em processos licitatórios e que para garantir a lisura e a transparência desses procedimentos criou uma central de licitações. Ele informou ainda que não há falta de merenda nas escolas públicas e que seguidamente orienta para não faltar medicamentos no setor de saúde pública. O prefeito reconheceu que licitações por si só são processos que sempre trazem dificuldades.
Conforme a entrevista coletiva, o pefeito se defendeu dizendo que foi citado como testemunha na investigação. Sobre o teor do depoimento à Polícia Federal, ontem à tarde, o parlamentar disse que basicamente falou sobre as pessoas que participavam dos processos licitatórios; montagem da equipe para os processos licitatórios; forma da nomeação delas e resultados, e da operacionalização dos processos.
Em relação à demora em se pronunciar, José Antônio Assad disse que não quis falar enquanto não fossem ouvidas todas as testemunhas, para não influenciar nos "testemunhos".
Ceyd Moreles/Fonte: Diário Online
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