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Defesa Civil Nacional reconhece situação de emergência no Pantanal

05 maio 2011 - 13h57

A situação de emergência na região pantaneira do município de Corumbá foi reconhecida nesta quarta-feira (4)  pela Secretaria Nacional de Defesa Civil, que publicou no  Diário Oficial da União (DOU) o reconhecimento da situação,  por meio da Portaria número 205, assinado pelo secretário nacional de Defesa Civil, Humberto Viana.Com o objetivo de ajudar produtores a buscarem respaldo para recuperação dos prejuízos econômicos com as cheias, o governador André Puccinelli decretou situação de emergência no Pantanal de Corumbá. O decreto estadual “E” número 04 foi publicado no Diário Oficial do Estado no dia 23 de março deste ano.O documento apontou que as intensas chuvas – com registro superior a 450 mm – fez aumentar as águas dos rios Paraguai, Miranda, Aquidauana, Taquari, Abobral e Nabileque, provocando o transbordamento, e afetando moradores e a pecuária pantaneira corumbaense. Em consequência, diminuíram as áreas de pastagem, causando mortes e perdas de peso do rebanho bovino, obrigando inclusive a retirada dos animais sobreviventes para áreas não alagadas. A situação ainda foi agravada pela inundação de campos, baías e marginais dos rios.
PrejuízosO decreto fez parte do processo montado pela Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec-MS) que foi enviado com pedido de reconhecimento ao Ministério da Integração Nacional. No requerimento enviado ao ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, a Cedec-MS informou que os prejuízos econômicos afetaram diretamente o setor produtivo e econômico do município de Corumbá e também o Estado, já que a diminuição de renda de cada produtor resultava com condições de inadimplência junto aos credores particulares e oficiais, assim como dificultava a recuperação e reconstrução das instalações e residências que foram atingidas.
De acordo com o coordenador estadual, coronel Ociel Ortiz Elias, a partir do reconhecimento da Defesa Civil Nacional os pecuaristas vão poder fazer a renegociação de dívidas e novos financiamentos para recuperar os prejuízos.
O dossiê enviado à Brasília também contou com um laudo técnico elaborado pela Embrapa que apontou prejuízos totais de R$ 145,7 milhões. O documento apontou perda média no rebanho de vacas de cria em mais de um milhão de arrobas. Com o atual preço de R$ 88 da arroba da vaca, os prejuízos chegaram a R$ 107,4 milhões.
No laudo, a Embrapa informou que o rebanho do Pantanal em torno de 306 mil vacas de cria teria com as enchentes fortes perda de 5% das matrizes, principalmente das vacas mais velhas. O número de matrizes na região seria diminuído para 290.704 animais o que resultaria em prejuízo direto para a atividade pecuária da região estimada em R$ 10,7 milhões.
O documento da Embrapa também apontou a diminuição da taxa de natalidade avaliada em 10% reduzindo desta forma o nascimento de mais de 29 mil bezerros gerando prejuízos de R$ 18,8 milhões.
Por causa das enchentes, a Embrapa também considerou a morte dos bezerros nascidos no período devido à falta de condição das vacas, especialmente as mais novas que seriam incapazes de fornecer ambiente materno para que o bezerro possa crescer em boas condições.
A perda na produção de bezerros foi estimada em 10% resultando em prejuízos diretos de R$ 8,6 milhões.

Fonte: Edição MS

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