O setor de construção civil continua em expansão em Mato Grosso do Sul e é o que mais tem demanda por trabalhadores. Nas obras da região sul do estado, por exemplo, sobram vagas de trabalho para pedreiros, ajudantes e mestres de obras. Quem atua no setor diz que há dificuldade para encontrar candidatos com a qualificação necessária.
Em uma construção em Dourados, município localizado a 219 quilômetros de Campo Grande, o ritmo da obra é acelerado e, todos os dias, a jornada começa as 7 horas e termina às 17h30. Na obra, trabalham 45 funcionários, todos com carteira assinada e estabilidade de emprego. Retrato do bom momento do setor.
Todos os trabalhadores do local têm experiência e qualificação, funcionários disputados pelo mercado.Edson do Santos é servente há 20 anos e, no ano passado, aceitou a proposta da construtora onde ele trabalha atualmente. Os benefícios oferecidos pelo empregador foram os motivos para a a mudança. "Deu uma melhorada no salário e na parte de emprego, isso ajuda muito."
O engenheiro Walter Nogueira disse que faltam trabalhadores em número e em qualificação. "Aí ocorre mesmo uma disputa. Existem bons trabalhadores que migram de uma obra para outra atrás de vantagens que alguma construtora oferece."
A demanda por mão de obra no setor da construção civil ainda é grande, mas o mercado está mais exigente. Pedreiros, serventes e mestres de obras sem experiência ou sem qualificação técnica estão com dificuldades para conseguir trabalho. Ao mesmo tempo, sobram vagas no mercado de trabalho. No Centro Integrado de Atendimento ao Trabalhador (Ciat) de Dourados, há 20 vagas para pedreiro e 35 para servente, mas é preciso ter experiência.
Em Ponta Porã, o Ciat tem 60 vagas para pedreiros. Além de experiência, é preciso saber fazer acabamento e fachada de prédios. A consultora de RH Glaice Machado Martins afirma que já precisou buscar mão de obra em outros estados devido a falta de qualificação dos profissionais da região. "Hoje os profissionais qualificados, com conhecimento, estão todos empregados. Então essa abertura para novos profissionais, com pouco conhecimento, está tendo uma certa dificuldade".
Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Dourados, Elton Moraes Valente Júnior, é preciso capacitar mais pessoas para trabalhar no setor. "Há necessidade de escola técnica, desde que tenha salário justo para o trabalhador. Aí vamos conseguir resolver o problema. Mas se não tiver o salário justo, o problema vai continuar."
Karla Lyara/Fonte:G1
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