Menu
Busca terça, 12 de agosto de 2025

Polícia Federal ataca tráfico de drogas nas aldeias

18 maio 2011 - 16h06

A Polícia Federal fará operações na Reserva Indígena de Dourados, em conjunto com a Fundação nacional do Índio (Funai). O PROGRESSO apurou que tratam-se de ações emergenciais para o combate a violência, gerada pelo alcoolismo e narcotráfico que cercam as aldeias. De acordo com a coordenadora da Funai em Dourados, Maria Aparecida Mendes de Oliveira, além de diminuir os índices de violência, a operação tem o objetivo de oferecer segurança a comunidade até que o policiamento permanente seja definido.


Na última segunda-feira, uma audiência de conciliação entre Ministério Público Federal (MPF), União e Funai, suspendeu a liminar que dava prazo de 30 dias para o policiamento imediato na Reserva Indígena de Dourados, com efetivo de doze policiais. O prazo para o cumprimento da determinação venceu no início de maio.


De acordo com Maria Aparecida, a suspensão teve como base em ações que já vinham sendo planejadas pela Funai e PF como o Acordo de Colaboração Técnica entre Funai, Polícia Federal e Estado de Mato Grosso do Sul, que está sendo discutido no Ministério da Justiça há 1 ano. O termo, segundo a Funai, tem por objetivo garantir a polícia cidadã permanente dentro das aldeias, respeitando a particularidade da comunidade indígena. Segundo Maria Aparecida, as negociações já estão em estágio avançado e vão permitir que os trabalhos deixem de ser apenas pontuais dentro da reserva quando o assunto é segurança pública.


Para a coordenadora, um dos aspectos que leva a demora na efetivação deste Termo de Colaboração é a definição de competências entre as forças policiais, tanto federal, quanto estadual. A expectativa de que em ainda este ano o policiamento das aldeias seja definido e ações sejam realizadas no combate a violência. Segundo Maria Aparecida, é de fundamental importância a retomada da segurança nas aldeias. “Todo o espaço com a ausência de policiamento gera insegurança e sentimento de impunidade”, destaca.


Segundo informações apuradas pelo O PROGRESSO, as aldeias estariam sem o policiamento permanente há mais de 2 anos. Isto porque a Sucuri, ligada a Funai, que realizava os trabalhos foi desativada. “Estes profissionais não têm formação policial, o que os impede de realizar uma segurança mais eficaz. A permanencia dos agentes na reserva não estava resolvendo o problema da violência”, lembra.


Conforme relatório do CIMI (Conselho Indigenista Missionário), o índice de mortes de indígenas vem aumentando substancialmente no decorrer dos anos, sendo certo que, entre 2003 (13 vítimas) e 2007 (53 vítimas), houve um aumento de mais de 300% no número de vítimas fatais nas aldeias de Mato Grosso do Sul, sendo em grande parte em Dourados, maior concentração indígena do Estado.


Helton Verão com informações de O Progresso


Deixe seu Comentário

Leia Também

Obras do Governo de MS
Em Três Lagoas, Caravana da Castração inicia segunda etapa com formação técnica para municípios
Trabalho de busca ativa em Mato Grosso do Sul inclui mais de 4 mil pessoas no programa Mais Social
Além do tipo sanguíneo: