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Setor produtivo ressalta que pecuária pode ser agente para combate às queimadas

17 agosto 2020 - 10h39Por Portal do Governo de Mato Grosso do Sul
“As áreas que sofreram com o incêndio, em Corumbá, estão em frente à cidade, onde não há a existência da pecuária há 46 anos, desde a última enchente de 1974 que inviabilizou a produção neste local”, explica Leite.Segundo o representante local dos produtores, na área afetada foram criadas duas reservas, fator que pode ter contribuído para o cenário. “Foram criadas duas reservas nessas áreas, onde está intensificado esse fogo. O boi é o bombeiro do Pantanal, um pesquisador antigo da Embrapa já falava se não existe o boi na localidade vira um grande incêndio. Com essa grande seca, o que vai minimizar é a pecuária na beira do rio, principalmente nessas reservas onde já era utilizada a pecuária, na década de 70, uma vez que lá o boi consome a macega que é inflamável e isso evita os incêndios”.

Para o presidente do Sistema Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de MS), Mauricio Saito, a estiagem na região do Pantanal, que já faz parte da rotina pantaneira, se intensificou em 2020, e o tempo seco e quente contribuiu para o avanço dos focos de incêndio na vegetação, que apresenta características de alta combustão.

“Os produtores rurais que possuem propriedades nestas áreas, de forma geral, já se preparam para enfrentar o período, com iniciativas para controlar a situação, amenizar os prejuízos e proteger a integridade física de pessoas e animais. Entre elas, está o suporte no combate aos focos, com maquinários, infraestrutura e logística, além de práticas como aceiros ao redor de cercas, casas, galpões e mangueiros, e transferência de animais para outras áreas”, afirma Saito.Durante a transmissão ao vivo realizada na última sexta-feira (14), na rede social do Governo do Estado, o secretário da Semagro (Secretaria deMeio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), Jaime Verruck, fez um balanço da Operação Pantanal, e falou das ações em prol do combate na região. “Decretamos a emergência ambiental aqui em Mato Grosso do Sul na qual se proíbe qualquer tipo de queimada, controlada ou não está proibida. Isso significa que qualquer tipo de incêndio, urbano ou rural, neste momento, é criminoso, não existe autorização para que se faça essa prática no Estado de Mato Grosso do Sul. Além disso nós temos o estado de emergência declarado para o município de Corumbá e Ladário, reconhecido pelo Governo Federal. No combate estamos fazendo um trabalho integrando a coordenação do Corpo de Bombeiros de MS com o Estado Mato Grosso, para o bioma dos dois estados”.

Capacitação e perfil sustentável

O produtor rural pode aderir a capacitações que podem minimizar os impactos das queimadas. O Senar/MS (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural), por exemplo, realiza os cursos de “Coordenador de Brigadas de Incêndio na Área Rural” e “Prevenção e Combate a Incêndios Florestais”, que capacitaram 600 pessoas em 2019, além da parceria com o Governo do Estado, Reflores/MS, Corpo de Bombeiros e Ibama/MS na campanha anual de conscientização contra as queimadas.

“É preciso destacar o papel consciente do produtor rural na conservação ambiental deste importante bioma. O Pantanal possui 83% do seu território preservados e, desse total, 90% estão sob responsabilidade da iniciativa privada, o que reflete essa consciência em produzir com sustentabilidade há mais de 270 anos”, acrescenta o presidente do Sistema Famasul, Mauricio Saito.

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