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Preso traficante douradense que levava remessa de crack para Minas Gerais

28 janeiro 2012 - 18h52

Um esquema de tráfico de drogas interestadual, envolvendo duas organizações criminosas, uma da cidade de Dourados, no Mato Grosso do Sul, e a outra de Belo Horizonte/MG, foi descoberto durante uma investigação do Departamento de Investigação Antidrogas da Polícia Civil de Minas iniciada há cerca de quatro meses. As informações constam de reportagem publicada pelo portal Uai, de Minas Gerais.


Os levantamentos da equipe da 3ª Delegacia Especializada Antidrogas resultaram na prisão de dois suspeitos e na apreensão de mais de 36 quilos de crack, que estavam distribuídos em 38 barras colocadas em um tanque de combustível adaptado. A droga entrava no Estado escondida em compartimentos secretos de veículos e chegava por uma rota alternativa, conhecida como rota caipira, como forma de escapar das fiscalizações.


Os suspeitos presos são Helder de Oliveira Santos, de 27 anos, natural de Ponta Porã e Reginaldo Washington Adriano, de 33, nascido em Ouro Preto, mas morador de Venda Nova, na capital mineira. O chefe do departamento, delegado Luiz Flávio Cortat, disse que todo o trajeto percorrido por Santos estava traçado em mapas.


Segundo o site mineiro, Helder fez uma viagem percorrendo as estradas de terra, em um percurso de aproximadamente 1.500 quilômetros que demorou 23 horas, cinco horas a mais do que se tivesse utilizado a rodovia principal. “De Dourados /MS até o Triângulo Mineiro ele veio por rodovias principais, depois o acesso foi pelas vias alternativas, nas estradas vicinais, trazendo a droga que entrou no Brasil pela a fronteira do Paraguai”, contou o delegado.


Inovação


Surpreendidos pela Polícia Civil no momento em que se encontraram para a entrega dos tabletes de crack, os suspeitos estavam em um restaurante às margens da avenida Amazonas, no bairro Gameleira, na região Oeste de Belo Horizonte. Pelas investigações, Helder Santos seria o responsável pelo transporte da droga e receberia R$ 20 mil no momento da entrega. Já Reginaldo Adriano seria o receptador e faria a distribuição da droga na capital e municípios da região metropolitana.


Conforme o delegado Antônio Júnio Dutra Prado, a droga foi levada no compartimento de combustível de uma Mitsubishi Pajero, adaptado justamente para o transporte das barras de crack. O entorpecente ocupava 2/3 do tanque e 1/3 que sobrava era para o combustível. O Siena preto conduzido por Reginaldo Adriano também tinha um compartimento secreto, adaptado no painel do carro. A abertura do esconderijo era ativada por meio dos dispositivos elétricos. “A cada grande apreensão percebemos que os traficantes estão investindo pesado em inovações tecnológicas”, disse.


O delegado Antônio Júnio Dutra Prado informou que as investigações foram iniciadas logo depois deles receberem informações sobre a entrada de drogas em Minas, em grande quantidade, com destino a Belo Horizonte, oriunda do Mato Grosso do Sul. “Conseguimos levantar o nome da pessoa que estava por trás da receptação e passamos a monitorá-lo. Ele foi flagrado quando receberia a encomenda. Nossas investigações prosseguem pois estamos tentando descobrir quem são os grandes criminosos por trás do Helder e do Reginaldo”, disse o delegado.


Helton Verão/Fonte: DouraNews

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