Quatro presos da cadeia pública de Miranda, cidade localizada a 203 quilômetros de Campo Grande, fugiram por volta das 5h30 de hoje e levaram a viatura caracterizada da delegacia de Polícia Civil do município.
De acordo com o delegado titular Edson Luiz Ruiz Ubeda, o prédio onde ficam os presos é aos fundos da delegacia. Havia dois policiais de plantão no local. Um deles foi liberar os detentos do regime semiaberto, que passam o dia em liberdade e voltam para a carceragem somente à noite, quando foi rendido por dois homens armados com revólver e pistola.
Em seguida, os bandidos também renderam a outra policial que descansava no alojamento do local. A intenção era libertar Baltazar Domingues Abreu, preso pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) por tráfico de drogas.
Havia 49 presos na cadeia pública de Miranda divididos em quatro celas. Os policiais civis tiveram que abrir todas elas. Os bandidos convocaram os demais presos para a fuga, mas somente Juliano Seabra Paim, preso por roubo; Sidnei Rodrigues Fernandes, preso por tráfico no último dia 21 de março e Cosme de Souza Oliveira, suspeito de ter matado a esposa, escaparam.
“Eles tentaram achar a chave do carro que havia sido apreendido. Como não conseguiram, levaram o da delegacia”, diz o delegado.
A suspeita dele é que os bandidos que foram ao local resgatar os detentos tenham pulado o muro do pátio aos fundos da delegacia para entrar. Ainda de acordo com Ubeda, há indícios de que havia outros comparsas aguardando do lado de fora.
Os policiais foram trancados em uma das celas. Eles conseguiram alcançar as chaves, que foram deixadas próximas, e acabaram se soltando.
A policial civil de 26 anos que foi rendida durante a ação dos criminosos relata que ficou chocada com o ocorrido. “A gente já é preparado para isso. Já fica em alerta o tempo todo, mas quando acontece é muito desagradável. Perdeu-se o controle da situação”, disse a policial.
Uma equipe de policiais militares e os próprios investigadores da Polícia Civil de Miranda estão em busca dos fugitivos. Eles acreditam que os criminosos estejam na região rural da cidade.
Karla Lyara/Conjuntura On line