De olho no fim das coligações partidárias, ideia recomendada pela Comissão de Reforma Política do Congresso Nacional, os partidos de menor expressão eleitoral buscam a sobrevivência política dando mais atenção aos grotões em várias regiões de Mato Grosso do Sul.
Na tentativa de se fortalecer visando às eleições de 2012, o Partido Republicano Progressista (PRP) se instalou até mesmo em assentamento e aldeia indígena em dois municípios estratégicos do Estado.
Ousado, o presidente da comissão regional provisória da legenda, Dorival Betini, criou uma comissão municipal provisória no Assentamento Itamarati, localizado na cidade de Ponta Porã, e na Aldeia Indígena, Porto Lindo, em Japorã.
“Os partidos sempre usam os assentamentos apenas para buscar votos e se fortalecer no município, nós fizemos o contrário, decidimos começar crescendo no assentamento”, justificou o dirigente em entrevista ao Conjuntura Online, referindo-se ao Itamarati, onde reside 5 mil eleitores.
No local, onde o PRP pretende lançar pelo menos 20 candidatos a vereador, a direção regional escolheu o líder Júnior Amaral Sobrinho para presidir a comissão municipal provisória de Ponta Porã, composta por 6 membros.
A comissão provisória anterior, presidida por cerca de dois anos por Orélio Maciel Gonçalves, foi destituída pela direção estadual. A nova comissão provisória que conduzirá o destino do partido na região passou a presidir o PRP no município desde o último dia 29 de abril.
Além de Júnior Sobrinho, integram a comissão Idi da Silva Ribeiro (vice-presidente), Ronaldo José Pucci (tesoureiro), Valter Bueno de Moraes (secretário), Jorge Ximenes (membro), Marciano André da Silva (membro) e Valdir Alves da Silva (membro).
“Essa comissão provisória é a primeira em um assentamento e está sendo criada com plenos poderes de negociações na região. Acreditamos que os moradores que desejam o crescimento do Itamarati, vão apoiar a idéia, já que para crescer, primeiro precisamos plantar a idéia e em seguida nos unir, por um só objetivo”, garante o presidente regional.
Ele atesta que o movimento já conta com apoio de várias associações, cooperativas, comércio, profissionais liberais, professores, estudantes, lideranças comunitárias e religiosas, além de moradores que acreditam que é possível mudar o cenário político em relação à Ponta Porã.
RESERVA INDÍGENA
Na cidade de Japorã, onde 3 mil eleitores da cidade são índios, Betini indicou cinco membros da Aldeia Porto Lindo para a comissão provisória, presidida por Antonio Veras.
Favorável a algumas mudanças no sistema eleitoral brasileiro, o dirigente acredita que o fim das coligações na disputa por cargos proporcionais é importante para o crescimento dos partidos.
Em sua avaliação, os partidos serão fortalecidos com o fim das coligações e cada legenda terá de disputar o pleito com os nomes que tiver, sem a necessidade de atingir o temível coeficiente eleitoral (razão entre votos válidos e número de vagas na disputa).
A leitura que se faz é que a nova regra, que ainda será apreciada pelo plenário da Câmara dos Deputados e do Senado, mude a contabilização dos eleitos, ou seja, em vez de se eleger candidatos com menos votos, serão eleitos os mais votados.
Na prática, isso significa o fim da história de uma determinada liderança política “puxar” dois ou três candidatos que não têm voto, como geralmente ocorre com o modelo eleitoral adotado no país.
Somente este mês, o comando regional do PRP criou comissões provisórias em Tacuru (presidente, Peterson Maia), Taquarussu (Edson Cardoso de Sá), Itaporã (Aparecido Antônio Miranda), Três Lagoas (Luiz Antônio da Silva Martins), Bataguassu (José Célio Primo), Itaquiraí (Willian Neves Batista).
Karla Lyara/Fonte: Conjuntura Online
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