Menu
Busca quarta, 23 de abril de 2025

Comissão aprova criação de conselho para combater corrupção

10 agosto 2014 - 15h00Por Mariana Rodrigues/Informações Agência Câmara de Notícias

 A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania aprovou a admissibilidade da proposta que altera a Constituição para criar o Conselho Nacional de Combate à Corrupção (PEC362/13). O relator do texto foi o deputado Jose Stédile (PSB-RS), que apresentou parecer favorável.

De acordo com o texto, caberá ao novo conselho nacional prevenir, detectar, punir e erradicar as práticas corruptas; receber denúncias de corrupção, e combater a corrupção eleitoral, entre outras atribuições.
O órgão será composto por 15 membros, incluindo representantes da sociedade civil, dos três poderes da União (Legislativo, Executivo e Judiciário) e de entidades de classe, nomeados pela Presidência da República e aprovados pela maioria absoluta do Senado.

Autor da proposta, o deputado Beto Albuquerque (PSB-RS) afirma que a intenção é estabelecer a fiscalização como regra prévia no combate à corrupção, responsável por prejuízos de R$ 40 bilhões a 70 bilhões por ano ao País, segundo o parlamentar.

"A corrupção é um mal que envergonha o País e faz sumir muito dinheiro público pelo ralo, por falta de controle e de fiscalização. Esse conselho poderá colocar mais um olho aberto na vigilância do dinheiro público e do bom comportamento", afirmou Albuquerque.

Representantes
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Organização Transparência Brasil e Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) estão entre as entidades que serão representadas no futuro conselho.

O coordenador da Frente Parlamentar Mista de Combate à Corrupção, deputado Francisco Praciano (PT-AM), também defende a criação do conselho e sugere foco na reestruturação de órgãos diretamente envolvidos com o tema, como a Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU).

"Eu acho que o conselho deveria focar o Estado, ou seja, deveria discutir políticas estruturantes para combater a corrupção", disse.

De acordo com a ONG Transparência Internacional, o Brasil ocupa a posição número 72 no ranking mundial da corrupção, divulgado no ano passado e envolvendo 177 países.

Tramitação
A proposta será analisada agora por uma comissão especial. Depois de aprovada, ainda passará por dois turnos de votação nos Plenários da Câmara e do Senado.

Deixe seu Comentário

Leia Também

Mandioca é o produto mais comercializado na Ceasa de MS entre os cultivados no Estado
Governo de MS ultrapassa 2,6 mil cirurgias ortopédicas realizadas pelo Programa MS Saúde
Muito além da segurança alimentar, programas promovem qualidade de vida e mobilidade social
Com apoio do Exército para ações de segurança pública, Governo de MS fortalece economia