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Dólar bate R$ 1,57 no fechamento; Bovespa cai 0,07%

25 abril 2011 - 18h05

O mercado de câmbio doméstico teve uma reação bastante modesta à decisão "surpreendente" do Banco Central na semana passada, que decidiu subir os juros básicos em apenas 0,25 ponto percentual, em vez do 0,50 ponto previsto por boa parte do setor financeiro.


 


O dólar foi mantido em R$ 1,573 nas últimas operações,em leve alta de 0,12%. Já o dólar turismo foi vendido por R$ 1,680 e comprado por R$ 1,520 nas casas de câmbio paulistas.


 


Ainda operando, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) recua apenas 0,07%, aos 67.025 pontos. O giro financeiro é de R$ 3,5 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York cai 0,22%.


 


O giro de negócios ainda continua baixo: menos de US$ 2 bilhões, conforme os valores registrados no segmento de dólar (à vista) da BM&F. A agenda econômica pesada dos próximos dias contribui para reforçar o tom de cautela: depois de amanhã, será a vez do banco central americano anunciar suas decisões de política monetária, tendo por novidade o discurso do presidente Ben Bernanke, ansiosamente aguardado por muitos investidores.


 


Além disso, na quinta, o BC brasileiro divulga a ata relativa à reunião da semana passada, quando o mercado deve esmiuçar as razões que fundamentaram a resolução de subir os juros de maneira mais gradual.


 


Para economistas das corretoras e bancos, a decisão do BC não mudou o cenário predominante: permanece o amplo diferencial entre os juros domésticos e externos; e os únicos impedimentos para uma queda ainda maior das taxas de câmbio são os momentos de estresse da economia mundial (crise do Oriente Médio, drama nuclear do Japão, entre outros), e as intervenções regulares das autoridades econômicas, comprando moeda e restringindo o fluxo de capitais.


 


No mercado de juros futuros, as taxas de curto prazo caíram, ajustando-se à decisão do BC, mas os juros de prazo mais longo subiram, mostrando a crença dos agentes financeiros na continuidade do ciclo de aperto monetário.


 


Para julho, a taxa prevista cedeu de 12,01% ao ano para 11,98%; para janeiro de 2012, a taxa projetada avançou de 12,24% para 12,29%. E no contrato para janeiro de 2013, a taxa prevista variou de 12,67% para 12,73%. Esses números são preliminares e estão sujeitos a ajustes.


 


O boletim Focus, elaborado pelo Banco Central, mostrou que a maioria dos economistas do setor financeiro elevou novamente suas previsões para a taxa de inflação, de 6,29% para 6,34% (mediana das estimativas). A estimativa aproxima-se do teto da meta do Banco Central, de 6,50%. Para 2012, a projeção de inflação se manteve inalterada em 5%.

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