Quando a cheia de 2011 chegar ao máximo previsto pela régua de Ladário, a área inundada no Pantanal pode atingir mais de 35 mil quilômetros quadrados, ou seja, uma área correspondente a 5 mil campos de futebol, segundo a Embrapa Pantanal.
A previsão foi feita por meio de um sistema de alerta, para cheias e secas, que visa auxiliar produtores rurais na tomada de decisões e minimizar prejuízos.
“As informações podem ser veiculadas por diversos meios de comunicação para informar entidades de classe (como sindicato rurais e comunidades de pescadores), o poder público e outros públicos de interesse.
É interessante que essa informação circule também em programas de rádio, muito populares e de grande alcance no Pantanal”, afirma Carlos Roberto Padovani, pesquisador da Embrapa.
Todo ano, o Pantanal convive com os chamados pulsos de inundação. Em determinada época a planície fica inundada e, em outra, seca. Em função desse ciclo, a pecuária (principal atividade econômica da região) tem de se adaptar.
Na época de enchente, às vezes é necessário deslocar o gado das áreas mais baixas para as regiões mais altas. E essa é uma decisão difícil para o pecuarista, pois envolve gastos e riscos para o rebanho.
A planície pantaneira tem aproximadamente 150 mil quilômetros quadrados e o cenário traçado para a cheia atual indica que pelo menos 23% dessa área estará debaixo d’água quando for registrado o nível máximo do rio Paraguai em Ladário.
Para chegar a esses resultados, os cálculos levaram em conta dados de geotecnologia, climáticos e hidrológicos, considerando um conjunto maior de informações além da régua de Ladário.
Essa régua, mantida pela Marinha do Brasil, é utilizada desde 1900 para acompanhar o nível do rio Paraguai no município.
Helton Verão/Globo Rural
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